segunda-feira, 23 de abril de 2012

Capitulo 19 – Crise de adolescência (parte 1)

Tudo ia bem em casa até que Julia tornou-se uma criança...
... e Pablo um adolecente.
Paulette e eu decidimos reformar o antigo quarto de bêbes e torná-lo um quarto de adolescente para Pablo.
Mas, digamos que Sabrina não gostou nada da idéia.
_ Pai, porque o Pablo vai ter um quarto sozinho para ele. Enquanto eu tenho que continuar dividindo quarto com a Julia?
_ Porque nossa casa é pequena, querida. Quando, eu a construi, nós só tinhamos dinheiro para construir três quartos ao invés de quatro. Portanto, alguém sempre vai ter que dividir o quarto com alguém. – achei que minha explicação seria mais que suficiente, porém não foi.
_ E porque tem que ser o Pablo a ter um quarto individual e não eu? E não venha me dizer que é porque ele é menino. Pois, isto poderia ser englobado como preconceito contra as mulheres e puro machismo!!!
_ E porque tem que ser o Pablo a ter um quarto individual e não eu? E não venha me dizer que é porque ele é menino. Pois, isto poderia ser englobado como preconceito contra as mulheres e puro machismo!!!
Mas, digamos que meus arguementos não convenceram Sabrina.
_ Acho tudo isto muito injusto. Eu nunca tive um quarto só meu, sempre tive que dividí-lo com alguém.

_ Não, não, não mocinha!!! Você já teve o quarto só para você quando você era mais pequena e seus irmãos bêbes.

_ Mas, não é a mesma coisa. Eu nunca tive meu quarto. Mesmo quando eu era criança sempre teve uma segunda cama a espera do próximo que ia crescer. Além, do que eu tenho que ter um quarto todo infantil, enquanto Pablo pode escolher o que ele quer para o quarto dele. Sem contar que olha a bagunça que está por aqui, cheio de brinquedo por toda parte...
_ Se você tivesse arrumado tua cama hoje, aposto que teu quarto estaria bem menos bagunçado. Mas, não seja por isso querida. Nós podemos reformar este quarto também. De forma que agrade Julia e você.
Foi ai que Sabrina veio com a tal idéia:
_ Eu tenho uma idéia, melhor. Eu poderia ir morar na casa dos fundos. Assim eu poderia ter um quarto só para mim. E acabaria a correria no banheiro de manhã também.

Não posso negar que Sabrina era bem experta, mas nem sobre meu cadáver que ela iria morar sozinha na casa dos fundos.
_ Nem sonhando mocinha. Aquela casa é para o primeiro de vocês que casarem na idade A-D-U-L-T-A!!!! Fui claro?!?!?!? Antes, dos seus 21 anos você vivierá nesta casa sobre supervisão minha e da sua mãe.
Sabrina iritou-se: _ Não é justo!!! Eu também tenho direito a privacidade e intimidade.

_ Por isso mesmo que você irá continuar dividindo o quarto com tua irmã. Nada vai mudar. Além, da decoração é claro. Estamos entendidos?!?!?

Mas, Sabrina não estava disposta a dar o braço a torcer tão facilmente. E apelou para lágrimas.
_ Não é justo! Não é justo! É uma merda  ser pobre!!!
_ Olha bem seu linguajar. E, é assim que vai ser mocinha. Você querendo ou não, enquanto você morar na minha casa sou eu que dito as regras.

Mas, ao mesmo tempo eu me sentia mal por privar minha filha de mais conforto.
_ Querida. Se eu pudesse eu te daria um quarto só para você, mas infelizmente nossa condição financeira não permite. Sei que parece injusto que seu irmão tenha um quarto individual, enquanto você sendo a mais velha tenha que dividir o quarto com sua irmã. Porém, tenho algo a te propor.
Consegui chamar a atenção de Sabrina que se acalmou na hora.
_ O que?!?!?!
_ Mas, temos que guardar em segredo por enquanto, pois será uma surpresa que farei para tua mãe, ok?
_ Ok – disse Sabrina com uma certa relutancia.
_ É o seguinte. Estou pensando em comprar um carro novo para tua mãe. E pensei que você poderia ficar com o carro dela, pois logo você terá 16 anos e poderá dirigir.

_ Mas, papai. Eu não sei dirigir.
_ Isto não é problema querida. Eu ensinarei você e o Pablo a dirigirem.
Mas, Sabrina não se deixava dobrar tão facilmente.
_ Bom, se você vai ensinar o Pablo e eu dirigirmos. Eu vou ter que dividir o carro com ele.
_ Não querida. Eu vou ensinar a ambos dirigirem. Mas, te prometo que o carro será só teu. O que você me diz?
Sabrina me abraçou feliz da vida.
_ Oh, papai! Você é o melhor pai do mundo. Eu te amo!
_ Eu te amo também, querida.

E desta forma, eu salvei a pátria por hora.
Nas semanas que seguiram, cumprindo minha promessa. Nós reformamos o quarto das meninas de forma que agradace a ambas.
E como prometido, comecei a ensinar Sabrina a dirigir.


terça-feira, 17 de abril de 2012

Capitulo 18 – Sabrina, a adolescente

Como vocês sabem, nem sempre conseguimos comemorar os aniversários  de nossos filhos. Durante, todos estes anos, Sabrina é a que tem tido mais sorte em relação a planejarmos uma festa de tudo mais.
Por mais que a adolescência seja uma etapa importante da vida. Paulette e eu estávamos de acordo que não seria justo com nossos outros filhos, darmos uma festa para Sabrina, visto que eles não tinham tido.
Como o aniversário de Sabrina caiu em um sábado, nós decidimos aproveitar o dia para um evento familiar no parque.
Foi um dia maravilhoso em família. Sabrina e Pablo aproveitaram o máximo todos os brinquedos. Inclusive, porque sabiamos que este era a última vez que Sabrina poderia aproveitar a maioria deles.
Mas, não foram só as crianças que aproveitaram. Paulette se divertiu como nunca, brincando no balanço.
E eu jogando futebol com nosso filho.
Por incrivél que pareça, apesar da idade, eu ainda dava conta de acompanhar o pique das crianças.
No final do dia, sentamos todos juntos para comermos: nosso primeiro pic-nic em família.
Se eu pudesse, eu teria eternizado este momento para sempre.
A noite chegou e nós continuávamos nos divertindo no parque.
E foi no caminho de volta para casa que nossa pequena, Sabrina se tornou uma linda adolescente.
Sabrina era uma filha exemplar.
Ela adorava cuidar da Julia.
E muitas vezes ficava de babá, quando Paulette e eu tinhamos algum evento à noite.
Sempre sentava no ônibus ao lado do seu irmão, na ida para a escola.
E fazia a lição de casa junto com ele. Ajudando-o quando ele tinha duvidas.
Ela também era uma excelente esportista. Fazia natação...
... e bicicleta.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Capitulo 17 – Mudanças (Parte 2)

No dia seguinte Paulette saiu cedo para o trabalho.
Enquanto isto, eu assumia meu novo papel de cuidar da casa e dos filhos.
E confesso, que foi um dia duro... não sei como Paulette dava conta de tudo isto sozinha.
O trabalho de «dona de casa» é realmente exigente.
Paulette riu de mim naquela noite, quando eu contei o dia duro que tinha tido.
Ela estava super satisfeita de ter voltado ao trabalho, parecia outra mulher, feliz.
Fiquei mais tranquilo, pois fiquei com medo que ela achasse dificil recomeçar, mas ela disse que não. Que foi como se ela nunca tivesse ficado sem trabalhar todos estes anos.
Os dias que se seguiram foram repletos de mudanças:
Julia deixou de ser uma recém-nascida para ser um bêbe.
Pablo deixou de ser bêbe para se tornar uma criança.
Com Pablo e Sabrina mais independentes...
... ficou mais fácil meu trabalho em casa e na educação de Julia. Ou também pode ser que eu que tenha me habituado.
Tanto que eu até comecei uma horta no quintal de casa.
Com tantas mudanças, Julia passou a ter um quarto sozinha...
E para desagrado de Sabrina que não queria dormir com um menino. Sabrina e Pablo passaram a dormir juntos.
Enquanto todos saiam de dia, eu cuidava dos deveres domésticos.
E quando todos, voltavam para casa nós jantávamos juntos. Como uma verdadeira família.
Eu não poderia estar mais feliz. Esta era  família com a qual eu sempre tinha sonhado e a cada dia que eu podia compartilhar com eles era uma benção em minha vida.
Depois do jantar, geralmente Sabrina nos ajudava fazendo a louça.
Paulette brincava com Julia.
E eu aproveitava para assisitr a TV.
Como tudo deu «certo», eu decidi oficializar minha aposentadoria ligando no trabalho.
Confesso que eu senti um aperto no coração na hora de ligar, porém eu estava feliz com minha vida em casa e o trabalho não me daria a mesma satisfação.
Paulette fez uma pequena comemoração, para festejarmos este marco em minha vida.
Enfim, a vida é repleta de mudanças.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Capitulo 16 – Conversa séria

Sabendo que meus dias de vida estavam contados, eu tentava vivê-los da maneira intensa.

Sempre que possivél, eu tentava supreender minha esposa. Como dando-lhe flores, etc.
Mas, na verdade por trás de meus gestos de carinho por Paulette sempre vinha um certa preocupação pelo futuro.
preocupação que eu achava que eu deveria compartilhar com minha esposa.
_ Hummmm... que cheiro bom. E elas são lindas!!! Você sempre tão romantico... O que estamos festejando hoje?
Por um momento fiquei meio sempre graça. Pois o assunto no qual eu iria tocar estava longe se ser um assunto romântico.

_ Nada em especial. Foi só uma forma de demonstrar  meu amor por ti querida. Eu eu quero que você saiba que você fez de mim o homem mais feliz do mundo.
_ Oh amor! Você também fez de mim a mulher mais feliz no mundo. Eu tenho uma linda família graças a você. E de pensar que a principio eu não queria nada sério com ninguém... nossa parece que foi há séculos atrás.

É verdade, Paulette tem um traço de personalidade aversa a relacionamentos. E foi duro convencê-la a me dar uma chance no inicio do nosso relacionamento. E depois convencê-la a ter filhos no início de nosso casamento. Mas, no fim tudo deu certo., rsrsrs
_ Por falar em séculos, é por isso que eu queria falar contigo querida. Bom, eu nem sei por onde começar. É que... que... que....
_ Por favor, fale de uma vez Frank. Você está me deixando nervosa. – disse Paulette com uma certa tensão na voz.
_ É que eu estou pensando em me aposentar. – disse eu de uma vez.
_ Hum?!?!?!? Kkkkkkkk – disse Paulette, caindo na gargalhada.
De uma certa forma, as gargalhadas dela me deixaram irritado.
_ Você acha isto engraçado?!?!?!? Você tem idéia de como é duro meu trabalho? Eu não sou mais jovem para arriscar minha vida como antes... Sem contar que eu sinto que eu vou morrer sem que meus filhos me conheçam realmente, eu queria poder passar mais tempo com eles antes de morrer. Você tem idéia pelo que eu estou passando?!?!? Saber que minha obrigação é sustentar nossa família e ao mesmo tempo e se sentir sem energia para cumprir minhas obrigações para com vocês?!?!?!?
Paulette ficou livida, até um pouco palida com a expressão dos meus sentimentos.
_ Oh, querido!!!! Desculpe-me, eu não estava zombando de você. É que... que... Quando você disse que queria me falar após me dar flores, idéias terrivéis se passaram na minha mente. – disse Paulette se desculpando. – Oh, Frank! É claro que eu entendo que você queira se aposentar, afinal sua profissão é tão exigente, querido. E imagino tuas preocupações com o sustento de nossa família. Mas, isto não é nada que não possamos resolver, querido. E quanto as crianças, elas te amam meu amor e sempre vão te amar e claro que elas tem um convivio contigo. Você nunca foi uma pai ausente, pelo contrário. E eu entendo teu desejo de passar mais tempos com elas e acho que você deva realmente. Porém, te confesso que a idéia que você morra me aterrorisa. E te escutar falar de morte faz com que eu sinta que... – Paulette não foi capaz de terminar a frase.
Eu abracei Paulette fortemente para confortá-la.
_ Oh, querida! Me desculpe de ter sido duro contigo... Mas, infelizmente eu não tenho mais tanto tempo de vida pela frente. E tem certas coisas que tem que ser ditas e resolvidas antes que eu morra. Primeiro, porque eu não quero deixar vocês na mão, caso eu morra de uma hora para outra. Segundo, porque tem certos desejos do meu legado, que eu quero deixar claro contigo ainda em vida, para que não haja disputas e mal entendidos depois da minha morte.

_ Claro Frank. Eu entendo, mas que é duro falar sobre o assunto.

_ É duro para mim também querida, mas temos que falar sobre. Eu andei pensando que talvez você possa voltar a trabalhar como design de moda como antes. O que você acha?
_ Uau Frank. Sei lá, faz tanto anos que não trabalho. Como a gente faria com as crianças, sem contar que eu não tenho idéia se meu salário seria suficiente...

Eu cortei Paulette:
_ Eu já refleti sobre tudo isto querida. Eu pensei em pegar uns dias de folga no trabalho antes de pedir me aposentadoria definitiva. Enquanto isto, você poderia começar a trabalhar e nós veriamos no que daria e se é uma idéia viável. Em relação a casa e as crianças, sei que será duro para ti se separar delas. Mas, eu posso cuidar de tudo enquanto você está no trabalho. Isto me permitiria passar mais tempo com elas.
Paulette não parecia muito confiante com a idéia:
_ Sei não Frank. Parece fácil, mas os dois pequenos é trabalho duro. Não sei se...

Novamente cortei Paulette:
_ Só vamos saber se tentarmos meu amor. E se em alguns dia a gente vê que não dá certo. A gente pode pensar em outras alterantivas. O que você me diz?
_ Acho que você está certo, meu amor. Sem tentarmos não tem como sabermos.
_ Ok. Um assunto resolvido. Mas, tenho outra para discutir e pode ser que este você goste menos.
Paulette me olhou com o semblante preocupada. Mas, não tinha como não conversar com ela sobre o assunto.
_ Temos que falar sobre um assunto. É sobre como deve ser as coisas depois da minha morte....

Paulette me cortou:
_ Não Frank. Eu não quero falar sobre isto, querido.
_ Mas, é preciso Paulette. Você sabe minha querida que meu sonho é construir um grande legado para nossa família.
Paulette sorriu:
_ Claro que sei meu amor. Eu sempre soube disso. Você sempre foi claro nisto.
_ Pois bem. Eu gostaria de poder deixar uma boa herança para todos nossos filhos. Mas, infelizmente só tenho este terreno como legado. E tenho que escolher um deles como herdeiro....

Paulette fez sinal que ia dizer algo, mas eu a cortei antes que ela começasse.
_ É claro que meu sonho era de ter um patriarcado. Mas, entendo que seja um grande peso sobre Pablo exigir que ele siga meuus sonhos e ao mesmo tempo seria injusto com Julia e Sabrina de exclí-las pelo fato de elas serem do sexo feminino.
_ Com certeza, querido.
_ Portanto, depois de muito refletir. Eu conclui  que: eu deixarei minha herança para o primeiro do nossos filhos que me dará um neto para continuar meu legado. Eles não precisam ser casados, basta que tenhamos um herdeiro nascido nesta casa. Esta é a primeira exigencia. A segunda, se eles  se casarem, o conjuguê não pode ser rico, para que eles  continuem  morando neste terreno.
_ Entendo. Como foi conosco?
_ Exatamente, querida. Quanto ao nossos outros filhos, eles podem morar aqui o tempo que for necessário, mas uma vez que o herdeiro seja escolhido pela continuidade da geração. Os outros terão que se mudar com seus conjuguês caso se casem. No caso de não casarem e terem filhos aqui. Os filhos e eles poderão ficar aqui, porém nunca serão herdeiros. Você entende?
_ Sim.
_ Além disso, enquanto você for viva. Você poderá viver nesta casa. Se um de nossos filhos tiver que começar uma família, eles podem se instalar na nossa antiga casa. É por isso que eu deixei construida. E tem mais uma coisa?
_ Ok. O que mais pode ser?!?!?!?
_ Você não é obrigada a ficar o resto de tua vida sozinha, mas se você tiver que se casar novamente. Eu gostaria que você fosse viver em outro lugar... – não consegui terminar a frase, pois minha voz falhou... de pensar Paulette nos braços de outro, me deixava com um buraco no coração, mas não podia exigir que ela passasse o restante de sua vida sozinha, por mais que eu desejasse que ela não amasse nenhum outro como a mim.
_ Oh Frank! – disse ela me abraçando. – Você é o grande amor da minha vida e nunca ninguém poderá substituí-lo.

Em seguida, me beijou apaixonadamente, demonstrando todo se amor por mim.