sábado, 20 de fevereiro de 2010

Capítulo 28 – Coragem - continuação

Seguindo o conselho de Dona Julina, mamãe foi procurar o vovô.
Ela ficou impressionada de ver que nada havia mudado. Ela imaginava que Elisabete (atual esposa do seu pai) fosse mudar toda a decoração do escritório com o tempo; mas por incrivel que pareça nada havia mudado.
Com excessão da secretária. Mamãe estava tão habituada a ver Dona Juliana como secretária do vovô, que era estranho ver uma outra pessoa no seu lugar.
E mais estranho ainda foi vê-la questionando-a. Em todos estes anos desde de pequena todas as secretárias do vovô sempre souberam quem ela era.

_ Em que eu posso ajudá-la senhora?
_ Eu preciso falar com o senhor Cavalcanti.
_ A senhora tem horário marcado? Pois a agenda do senhor Cavalcanti esta lotada. E...

Mamãe já esperava uma oposição da secretária do vovô, pois bem ou mal vovô era uma pessoa importante e mamãe tinha certeza que não er todo mundo que queria falar-lhe conseguia um encontro.
Mas, mamãe não se intimidou tão facilmente.

_ Eu acho que não há necessidade de eu marcar um encontro. Senhorita...
_ Marcondes. Senhorita Marcondes. Queira me desculpar senhora, mas o senhor Cavalcanti não atende ninguém sem agendamento. Eu posso ver na agenda dele para ver sua disponibilidade, mas posso te assegurar que antes de um mês será impossivel. Em nome de quem eu agendo?
_ Acho que nada disso será preciso senhorita Marcondes. Você pode anunciar a meu pai que a filha dele esta aqui. Cecilia Cavalcanti.
Por um breve momento a secretária ficou sem reação e mamãe já esperava por isso.

_ Ah, desculpe-me senhora. Eu não sabia quem...
_ Tudo bem. Sem problemas, mas será que tem como você avisar meu pai que eu estou aqui?
_ Ah, sim, claro! Queira se sentar por favor que eu já volto. Eu vou ver se ele pode recebê-la agora.
Enquanto a secretária se dirigia em direção ao escritório do vovô ainda atordoada com os acontecimentos e receosa.

«Como eu pude ser tão estupida? E se o senhor Cavalcanti me demitir por este erro? Mas, eu nunca poderia saber como sua verdadeira filha era. Afinal eu nunca tinha nem visto foto antes!!!»
Mamãe achou melhor seguir o conselho dela e se sentar, pois ela sabia que a espera seria longa.
Logo en seguida, a secretária retornou. Ainda se reprovando mentalmente.
_ A senhora pode entar. Seu pai vai recebê-la agora. E desculpe-me senhora, eu realmente não sabia quem a senhora era.
Mamãe tentou reconfortá-la.

_ Sem problemas. Eu conheço as ordens do meu pai.
Mamãe seguiu para o ecritório do vovô visivelmente nervosa.

« Ah, meu Deus! Dai-me força »
Vovô aguardava mamãe na porta.

_Olá, papai.
Mamãe se assustou ao vê-lo. Tudo poderia estar muito igual no escritório, mas vovô havia visivelmente envelhecido nestes últimos cinco anos. Seus cabelos estavam visivelmente brancos e sua postura estava longe de mostrar vitalidade. Ao contrário, ele parecia vsivelmente cansado.
_ Olá, Cecilia.

Mas, não foi só que levou un choque. Vovô ficou chocado ao ver mamãe, ela já havia escutado alguns comentários pela cidade. Mas, nem de longe ele poderia imaginar a filha tão acabada: com ar cansado, vestida de forma maltrapilha e sem a beleza de outros tempos.
Mas, tudo isto durou alguns segundos. Logo vovô voltou a ser o memso de sempre.

_ O que te trás aqui Cecilia?
_ Eu preciso te falar.

Por mais que ela tentasse se controlar, sua voz tremeu ligeiramente.
_ Ok, vamos nos sentar então.
Vovô seguiu para a cadeira dele. Tão diferente de outros tempos, onde ela se sentava ao lado dele no sofá.

Uma onda de nostálgia se abateu sobre mamãe e por um momento ela queria ser a menina que podia correr para os braços do pai quando as coisas não iam bem para ser consolada.

Mas, logo seus pensamentos foram interrompidos.
_ Bom Cecilia, o que eu posso fazer por você?
Mamãe se assutou com a pergunta do vovô.

« Como ele pode saber que eu preciso de alguma coisa? Mas também que outro motivo me traria ao seu escritório. »

_ Eu vim te pedir ajuda.
Vovô achava que finalmente ia ter mamãe de volta.

« Será que ela descobriu que aquele desgraçado do marido dela anda traindo-a? Deus, queira que ela volte para casa e traga meus netos. »

_ E no que eu posso ajudá-la?
_ Eu estou precisando de dinheiro, mas não para mim. É para as crianças...
Vovô se sentiu realizado por um momento.

« É isso se ela precisa de dinheiro para as crianças. É porque ela vai se separar daquele filho da P. »

_ Tudo o que você precisar querida. Você sabe que você pode voltar para casa quando você quiser Ciça.
Mamãe não entendeu nada.

« Querida? Ciça? Há anos ele não me chama pelo meu apelido. Ele vai me dar dinheiro? Finalmente meu pai vai me perdoar? »

_ Ah, papai você não sabe que peso você me tirou das costas. Eu tinha tanto medo que você não ajudasse as crianças.
_ Ciça, você sempre soube que você poderia contar comigo. As crianças e você podem vir morar lá em casa. E vocês terão toda a assistencia necessária. Você acha que eu deixaria meus netos e minha filha na rua. Pode ficar sossegada que você não fiacará desamparada sem o seu marido.
Mamãe não entendeu nada.

_ Do que você está falando. Por que eu voltaria a morar na sua casa!?! Porque eu ficara sem marido!?!
_ Você não está se separando do seu marido?!?!

Como vocês podem ver: a alegria do vovô durou pouco.
_ Não!!! Claro que não! De onde você tirou esta idéia maluca?
_ Eu pensei... Deixa para lá. Mas, então porque você precisa de dinheiro para as crianças.
Mamãe contou toda a situação ao vovô. Que eu queria estudar junto com a minha melhor amiga. Que eu estava ficando doente por causa disso. Que meus pais não tinham como pagar, pois papai não deixava mamãe trabalhar fora. Que papai só ia pagar a escola do meu irmão, pois papai achava desperdicio jogar tanto dinheiro fora comigo, já que lugar de mulher era em casa cuidando do marido e dos filhos.
Vovô escutou a maior parte do tempo calado. Até mamãe terminar.

_ Eu nunca pensei que um dia eu fosse dar razão para seu marido Cecila, mas eu tenho que concordar com ele.
Mamãe se exasperou.

_ Você não pode estar falando sério. Logo você que sempre me incentivou a estudar, a fazer uma faculdade.
_ Exatamente. E olha quanto tempo e dinheiro jogados fora!!! Você estudou nas melhores escolas. Tinha sido aceita para estudar Arte na Sorbone. E onde você está hoje? Atrás de um fogão. Como eu disse nunca pensei um dia concordar com o patife do seu marido, mas neste ponto ele tem razão. E de mais há mais eu já te falei, enquanto você for casada com ele esquece que eu existo!!!
Uma tristeza enorme se abatue sobre mamãe. Ela sabia que não poderia contar com a ajuda do vovô. Dona Juliana estava errada, vovô nunca iria perdoá-la e o rancor dele era tão grande que nem os netos ele era capaz de ajudar.
Mamãe saiu do escritório sem dizer mais nada.
Uma vez na rua, ela andou sem destino...
... até chegar diante do tumulo de vovó.

_ Mãe, eu não tenho mais a quem pedir ajuda. Eu não queria ter que vender as jóias, mas eu não vejo outra solução. Por favor, dê-me uma luz!
Olá a todos!
Obrigada pelos votos, mas por hora o segundo lugar foi a opção que eu escolhi. Ciça seguiu o conselho de Dona Juliana e foi falar com o pai, mas sem acordo. Ele é incapaz de aceitar o casamento da filha e se recusou a ajudá-la. Será que Ciça terá mesmo que vender as jóias ou ela encontrará outra solução? O que vcs acham?
Vcs acham mesmo que Ciça deveria procurar um emprego, mesmo que isto coloque em risco seu casamento?
Bjkas
Chrisfried

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Capítulo 28 – Coragem

Na segunda seguinte a festa da Leninha, tia Ana começou a trabalhar. Ela saia cedo de casa...
... e ia dirigindo até o centro da cidade...
... onde ficava o conservatório.
Enquanto tia Ana trabalhava. Leninha ficava sobre os cuidados da minha mãe. Foi uma das melhores semans da minha vida.

Leninha, Celo e eu brincávamos no quintal de casa.
Ou iamos brincar no parque. Os dias eram uma diversão só.
Mas a noite, uma tristeza se abatia sobre mim. Tristeza que eu expressava com irritação.
E todo este meu comportamento, não passou desapercebido a mamãe.

_ Posso saber o que esta deixando a senhorita tão irritada, Juju?
Eu sei que eu andava chatissima com mamãe; mas não havia nada que ela podia fazer.

_ Não é nada, não! Eu só estou cansada.
Mas, minha mãe me conhecia melhor do que eu imaginava.

_ Sei, sim. Quer dizer que esta sua irritação não tem nada haver com o começo das aulas semana que vem?
Depois disso não tinha mais como negar.

_ Não entendo porque a Leninha e eu não podemos estudar juntas. Eu queria tanto estudar na mesma escola. Porque, eu não posso?
Minha mãe já não sabia mais como explicar o mesmo assunto.

_ Juju, minha querida, nós já falamos sobre isso. A escola que a Leninha vai é uma das mais caras da cidade. E seu pai e eu não temos condições de manter vocês três estudando lá. Infelizmente minha querida, não tem nada que nós possamos fazer.
Mas, mesmo assim eu queria uma solução.

_ Você podia pedir a tia Ana para que a Leninha fosse estudar na mesma escola que eu. A tia Ana sempre te escuta mãe. Fala com ela, fala?
Minha mãe queria que as coisas fossem assim simples de se resolver. O que eu pedia era quase impossivel, mamãe sabia que tia Ana nunca concordaria. Ainda mais que a escola que a Leninha ia estudar era a mesma dos filhos dos Tonoyaga.

_ Oh, minha querida! Acho que neste assunto vai ser dificil, Ana não vai mudar de idéia.
Mas, eu não estava pronta a desistir tão fácil.

_ Mas, você poderia ao menos tentar, por mim. Por favor?
Vendo todo meu desespero, mamãe concordou. Mesmo sabendo que seria imposivel fazer tia Ana mudar de idéia.

_ Ok, ok! Vou ver o que eu posso fazer. Agora vá para sua cama, está bom?
Resignada eu aceitei.

_ Estou indo.
Nisto, tia Ana chegou em casa.

_ Olá vizinhas!
Para mim tia Ana ter chegado aquela hora tinha sido um sinal dos deuses.

_ Aproveita e pede para ela, mãe.
_ Eu vou ver o que eu posso fazer. Agora cama que já está tarde.
Nisto eu cumprimentei tia Ana e segui pronta para meu quarto.
_ Boa noite, tia Ana!
_ Boa noite, Juju. Durma com os anjinhos.
_ Oi Ciça tudo bem? Você me parece preocupada. Aconteceu alguma coisa? O que a Juju queria me pedir.
_ Na verdade, ela quer que eu te peça.
_ O que? Ela esta precisanso de alguma coisa?
_ Mais ou menos. Na verdade ela quer que eu te peça para deixar a Leninha estudar na mesma escola que ela.
Tia Ana ficou um breve momento sem reação.

_ Ah, Ciça! Você sabe que eu...
Mas, mamãe não deixou nem tia Ana terminar.

_ Eu sei. Eu entendo, mas você sabe como criança é. Mas, mudando de assunto. O que te trá aqui a esta hora?
_ Bem, eu queria ver com você...

E nisto elas ficaram conversando sobre o acordo da mamãe limpar a casa dos Santos.
Aquela noite mamãe não dormiu, ficou o tempo todo remoendo a conversa que nós tinhamos tido e os conselhos de Dona Juliana.
No outro dia bem cedo. Mamãe foi procurar uma roupa que ficasse bem nela.
Mas, ela foi tomada pelo desanimo. Nada parecia ser bom o suficiente para o que ela tinha em mente.
Até que finalmente, ela se decidiu por um conjunto que em nada fazia o estilo dela, mas era a unica coisa que servia.
Uma vez pronta. Ela partiu em direção ao centro da cidade. Determinada a...
Oi, gente!
Finalemente a atualização ficou pronta e consegui fazer a Ciça egrodar novamente. Ao longo da semana esta dificil para eu atualizar, então a próxima atualização será sábsaod possivelmente.

Ciça esta desesperada para resolver o problema da Juju. Onde será que ela foi tão determinada?

Bjkas
Chrisfried