domingo, 24 de junho de 2012

Capítulo 6 – O Retorno

Como vocês sabem, «a morte não é o fim, mas o começo de uma nova vida».
Portanto, de vez em quando eu vinha dar uma voltinha em minha antiga casa. Verificar se todos da família iam bem...
Enfim, eu sempre fiz isto de modo mais discreto possível. Geralmente, fazia isto de madrugada quando eu tinha certeza que todos dormiam.
Porém, um dia, numa das minhas visitas, eu encontrei Pablo acordado.
Minha primeira reação foi de desaparecer, mas achei injusto correr de meu filho.

E de mais a mais, eu andava me sentindo solitário ultimamente, e uma conversinha com Pablo me pareceu uma ótima idéia.
_ E ai filhão! Tudo bem contigo?

Depois que falei, senti como a frase mais idiota do mundo. Onde já se viu voltar dos mortos e dizer isto a encontrar seu filho, ainda por cima estando na forma de um fantasma. Como se você normal o que estava acontecendo.
Porém, Pablo não reagiu como eu imaginava: um filho saudoso de seu pai.

Ele reagiu como se estivesse diante de uma assombração, sua reação foi de incredulidade e rejeição diante da minha presença.
Pego de surpresa, eu atravessei correndo a parede para o quarto de Sabrina, torcendo para que esta estivesse dormindo realmente.
Me martirizando por ter me deixado ver por meu filho, eu deveria me tocar que eu estava morto e minha aparição, quando todos já tinham superado minha morte, só poderia causar confusão e mais sofrimento.
Pablo, ficou um tempo olhando a parede sem saber se ele havia sonhado ou realmente visto seu falecido pai atravessar a parede do seu quarto.
Uma coisa, eu não posso negar, covarde Pablo não era.
 Ele se reuniu de toda sua coragem e veio verificar no quarto de Sabrina se o que ele tinha visto era real? Fruto de sua imaginação? Ou sonho?
E ao ver que eu era real, sua reação foi da alegria ao panico...
 _ Ah, não!!! Não pode ser verdade... Ei... eu tô te vendo realmente ou eu estou sofrendo de uma doença mental?!?!? Você não pode ser real, você morreu há alguns meses atrás...
Achei que já estava na hora de acertar as coisas, visto que o tom de voz de Pablo estava alterado, eu tinha medo que ele pudesse acordar Sabrina, apesar dela ter sono pesado.

_ Pablo, meu filho, eu te peço perdão por ter te assustado. Era a últimas das minhas intenções de confundir tua cabeça. Sim, eu sou real e não fruto da sua imaginação. Eu estou morto e portanto, o que você está vendo é meu fantasma.
_ Pai.. é tu mesmo? Pô maneiro cara... Eu não sabia que os mortos poderiam vir nos visitar assim... Pêra ai que eu vou chamar mamãe.
Fui tomado de uma grande emoção ao ser aceito por meu filho, mas eu sabia que eu não teria muito mais tempo, eu podia sentir que logo eu iria me desintegrar. Eu ainda sou um jovem fantasma e não domino ainda completamente a arte da materialização.

_ Calma meu filho. Não acho uma boa idéia acordar todo mundo. E eu tenho que partir logo, minha materialização dura somente algum tempo e não tenho muito mais tempo.
_Mas, pai... você vai voltar mais vezes não?

Pablo estava eufórico de me ver.
Eu gostaria de assegurá-lo que eu estarei sempre presente, mas algo me impedia de fazer esta promessa.

_ Pablo, meu filho. Escute, eu não sei se eu poderei voltar e se eu puder quando será. Mas, quero que você saiba que eu estou muito orgulhoso de você meu filho, pelo trabalho de horticultura que você vem fazendo. Você fez bem de seguir esta carreira, você tem talento meu filho.
 Era a verdade, queria que meu filho sentisse orgulho de ser o homem que era.

_Mas, tem uma coisa meu filho assim como na carreira, no amor você também deveria seguir teu coração.
Em seguida, eu me desmaterializei na frente dele, sem dar tempo dele retrucar ou dizer algo mais.

Pablo ficou um tempo perplexo olhando a fumaça que eu deixei atrás de mim, sem muita certeza se o que tinha acontecido era real ou fruto da sua imaginação.
No dia seguinte, na hora do almoço do domingo. Pablo resolveu contar a Paulette e Sabrina o ocorrido da noite anterior.
Paulette reagiu com tristeza por não ter tido a oportunidade de me falar.
_ Mas, porque você não me chamou querido. Eu precisava tanto falar com teu pai.
_ Mãe, eu mal consegui falar com ele. Ele sumiu no meio de uma frase. Além do que, ele me disse que não sabe ainda muito bem se manter como fantasma muito tempo.
_ Mas, mesmo assim, você deveria ter me chamado.
Já Sabrina reagiu com incredulidade.
_ Ok, Pablo. Você quer dizer que vocês conversaram um tempão no meu quarto e eu não escutei absolutamente nada?!!?. Para mim, os fertilizantes que você usa nas suas plantas estam te fazendo ter alucinações, você deveria ir ver um médico, isto sim...

_Mas, Bina! Eu tô te falando sério. Papai esteve aqui ontem...
_ Ok, eu eu sou a presidente...Se eu não te conhecesse bem eu diria que você estava drogado. Acho bom você ir ver um médico.
Naquela noite, achei que eu deveria procurar Paulette, primeiro para que ela não se sentisse rejeitada por mim.
Segundo, para que ela não se preocupasse com Pablo achando que ele tivesse doente como Sabrina tinha sugerido.
Eu me deitei ao lado da minha amada, que levou um susto ao me ver.
 _ Frank... Frank é você meu amor? Oh, Frank....
 Escutar Paulette, encheu meu coração de amor e alegria.
Paulette me abraçou e ficamos um longo tempo um nos braços do outro.
Não dissemos nada, nem uma única palavra foi pronunciada por nós.
O momento estava repleto de emoção e tanto eu como ela não queríamos estragá-lo.
Ficamos unidos, abraçados, curtindo um ao outro por um momento que simbolizou a eternidade para ambos.
Quando eu senti que que o fim se aproximava. Eu a beijei para lhe transmitir todo o amor que eu sentia por ela.
Paulette entendeu que aquilo era uma despedida.
Nós nos olhamos olhos nos olhos de forma intensa. A gente sabia que  próxima vez que nos encontrássemos seria em outra circunstância.
Pauellete me parecia serena o que me ajudou a partir em paz.
No momento seguinte, eu me desmaterializei, deixando uma Paulette sonhadora.
Simbolizando o fim definitivo do luto de Paulette.


10 comentários:

  1. Poxa, podia ter dado ambrósia pra ele. E tenho uma leva impressão de que o Pablo vai ficar com a Tammy quando ela ficar mais velha u.u

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    1. Eu não posso dar ambrósia para ele, por causa das regras do Legado.
      A Tammy tem uma grande chance, rsrsrsrs.
      bjs

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  2. não Tammy não, ele é gato demais pra ela, muiiiito gato, que bom que ele só lembra o Frank, porque tadinho vamos dizer Frank não era tao lindo assim como o Pablo. Espero que ele se de bem com a Laura :D

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    1. kkkkkk, ele é um gato, mesmo.
      Qto as duas: Tammy e laura, vc sabe que vai denpender daquela que dará mais chances para ele fazer um pedido de casamento.
      bjs

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  3. Adorei o capítulo. E depois do que o Frank disse ao Pablo, tenho quase certeza que ele não vai ficar com a Laura, mas sim com a Tammy \o/

    http://diariosthesims.blogspot.com.br/

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    1. nao consigo ver seu diario ;(

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    2. kkkkk.
      Eu torço pela Tammy, assim como o Frank.
      Mas, como eu disse tudo depende dos personagens que eu não tenho controle.
      Além de que tudo tem que ser rápido, pois eles não tem muito tempo de vida.
      bjs

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  4. Sou fã daqui desde 2009 , e cada vez venho amando suas histórias :*
    - Patricia

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  5. Obrigada Patricia!
    Fico contente de saber que vc continua seguindo minhas histórias.
    bjs

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  6. Eu amei suas historias-Ana Beatriz

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